segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

COMPORTAMENTO MATERNO DAS COELHAS

Observamos, muitas vezes que as coelhas demonstram agressividade contra suas crias.
Sendo as mais comuns o canibalismo, abandono, parto fora do ninho e esmagamento, mas a frequência das mortes pode ser atribuída ao manejo incorreto.
CANIBALISMO: Ocorre, comumente em coelhas recém-paridas, pode acontecer, por que logo depois do parto, comem a placenta e membranas e, em seu estado de "estresse" (sede) podem comer algum filhote. Devido a isso nunca pode faltar água para as coelhas em trabalho de parto.
Ocorre também, de não aceitarem os filhotes de outra cria (transferência de láparos) ou filhotes fora do ninho que caíram por estarem mamando (ficam presos por sucção). Por instinto, as fêmeas devoram seus filhotes fora do ninho, para proteger o restante da ninhada. Em filhotes de duas semanas quando são devorados, restam a cabeça, as extremidades e estômago. Se encontrar somente a cabeça, não foi devorado pela coelha, e sim por algum predador (ratos, ratazanas, gatos...) ou por passar para a gaiola vizinha. Se a coelha for de primeira cria, devemos esperar o segundo parto antes de descartá-la.
PARTO FORA DO NINHO:
Ocorre, quando há uma agressão externa, calor excessivo, habilidade materna reduzida (raças pesadas, para pele, gigantes), dificuldades no parto; quando é comum que as coelhas não arranquem os pelos, e tenham seus filhotes fora do ninho. Essas porcentagens são maiores em coelhos que não são selecionados por suas características reprodutivas e maternais, características estas que em todas as criações devem ser levadas em conta.
ABANDONO DO NINHO:
O criador, deve manter uma constante vigilância com o ninho e os láparos. Constata-se o abandono do ninho e consequentemente dos filhotes, quando eles estiverem úmidos, espalhados pelo ninho e chorando de fome, com a barriga murcha. Podem morrer de fome, frio, complicando-se, mais quando a coelha urina sobre eles. O abandono pode ser, alguma enfermidade da coelha, palha úmida ou com forte cheiro de amônia (ninhos sem cuidados de higiene), ou queda brusca de temperatura.
ESMAGAMENTO:
Ocorre, quando as coelhas tem o hábito de entrar e sair do ninho repetidamente (quando ouve barulhos – ambiente não adequado) para esconder-se, presença de predadores, proteger-se do frio, quando tem calo nas patas (aliviar a dor).
Estes problemas, diminuem com um bom manejo, tal como:
- Quantidade suficiente de alimentos como ração, feno, palha e água.
- Dedicar-se ao controle dos ninhos e da cama dos láparos, controlar a lactação, eliminação de odores entre outros, colaboram para a diminuição de coelhos mortos até o desmame.
- Coelhas doentes devem ser eliminadas, para evitar incidência de problemas genéticos, como calos nas patas, falta de amamentação por mastite, etc

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ACASALAMENTO

NOS REPRODUTORES JOVENS:
Manejo do macho - devemos colocar os machos escolhidos como futuros reprodutores em gaiolas individuais a partir dos três meses. Como o macho antes de seu primeiro serviço pode estar nervoso e encontrar dificuldade para o salto, é muito importante proporcionar-lhe uma coelha dócil e, se possível, de segundo ou terceiro parto.
Manejo da fêmea - devemos colocar as fêmeas jovens em gaiolas individuais, 18 dias antes de serem levadas ao macho, para evitar uma falsa gestação, devido a excitação sexual produzida pelo salto de outra fêmea, fato comum quando deixamos várias coelhas em uma mesma gaiola.
Da mesma forma que acontece com o macho, não é aconselhável que a fêmea efetue seu primeiro acasalamento com um macho muito novo.

NOS REPRODUTORES ADULTOS:
A fêmea está pronta para o acasalamento, quando observamos a mudança de cor da vulva primeiro cor rosada, depois mais avermelhada puxando ao carmim, que é um bom indício para a cobertura, (a cor violácea indica que o cio já passou); nesse momento devemos levar a coelha para a gaiola do macho e nunca o contrário, para que o macho não se desoriente e fique assustado. Além do que se levarmos o macho para a gaiola da fêmea esta pode reagir violentamente ante a presença de um animal estranho em seu ambiente e machucá-lo.
O transporte da coelha para a gaiola do macho deve ser com cuidado, em especial se forem animais grandes ou de um certo peso, nunca devem ser agarrados ou contidos pelas extremidades posteriores ou pelas orelhas, mas segurando a fêmea pela região da cruz (junção das espáduas) com uma mão, enquanto que outra se apoia ou firma as coxas para que o peso do animal recaia sobre o braço.
Aproveita-se o manuseio dos animais para observarmos seus órgãos sexuais, antes do acasalamento, com o fim de evitar-se enfermidades transmitidas pelo coito.
O macho deve ser criado longe das gaiolas das fêmeas, porque o ambiente e a proximidade das coelhas mudam o temperamento do macho, em princípio excitável, para depois tornar-se negligente aos estímulos sexuais das fêmeas.
O piso da gaiola, geralmente de arame, deve ter um estrado(madeira) de descanso, para evitar lesões dos machos na hora da cobertura, provocando transtornos e reflexos inibitórios. Salienta-se, ainda, que a gaiola para o acasalamento deve ser ampla para que os animais tenham plena liberdade de movimentos durante o coito.
Em regiões quentes ou épocas de muito calor, recomenda-se que os acasalamentos devam ser feitos pelo amanhecer, ou ao anoitecer.
Para que os acasalamento se realizem em boas condições as temperaturas devem estar superiores a 9-10 graus C, pois muitas vezes os galpões úmidos e os meses frios inibem o cio e as fêmeas não aceitam bem aos machos. Da mesma forma em períodos mais quentes, o macho pode tornar-se temporáriamente estéril.
Por isso, e tendo presente que as épocas mais favoráveis a reprodução são o final do inverno e a primavera, devemos manter os coelhos em bom estado de alimentação e ambiente, observando e controlando os aspectos de umidade e temperatura, para que possamos manter um cronograma de acasalamento o ano todo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

INFLUÊNCIA DO AMBIENTE SOBRE A REPRODUÇÃO


TEMPERATURA INFERIOR A 10 ° graus:
- aumento das doenças respiratórias e digestivas.
- no macho, verifica-se a diminuição do libido e fertilidade, causa de azorpemia( ausência de espermatozóide). Este efeito dura por várias semanas.

TEMPERATURA SUPERIOR A 25 º graus:
- aumento da mortalidade dos filhotes, reduz o crescimento dos láparos.
- nas fêmeas: redução no consumo alimentar, receptibilidade ao macho e declínio da fertilidade, além do aumento da mortalidade embrionária.

UMIDADE:
Ótima: 60 - 70 %
De 70 - 80 % é mais elevada a incidência de problemas respiratórios.
Menor de 50 % observa-se a mucosa seca, a maior quantidade de pelos e poeira na atmosfera que afeta o sistema respiratório.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

COELHOS

Idade reprodutiva dos coelhos - 4 a 6 meses (dependendo da raça)

Período de Gestação - 31 dias

Filhotes por ninhada - em média 7

Prolificidade ( número de láparos nascidos vivos por parto ) : oito

Número de tetas - 8 a 12

Ninhadas por ano - 5 a 7 (conforme sistema de criação adotado)

Produtividade ( número de láparos desmamados e comercializados por parto ) : sete

Intensidade de uso das matrizes (número de partos por ano ) : seis

Período de lactação : 30 dias

Número de cobrições por reprodutor ao dia : até três

Período de cobrição : máximo de 3 dias

Idade de aquisição das matrizes e reprodutores : depende da disponibilidade do mercado.

Consumo diário de alimento (ração) - 140 - 200gr.

Peso ideal na desmama - 500gr.

Idade de abate ( relacionada ao peso ) : 1,8 a 2 Kg em 60 dias; 2,3 a 2,5 Kg em 75 dias e 2,8 a 3 Kg em 90 dias.

- Coelhos desenvolvimento - de um a vinte e oito dias vida -

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

AMAMENTAÇÃO - DESMAME - ENGORDA



Os primeiros dois dias de vida dos filhotes são muito importantes para a gestão da criação, uma vez que a mortalidade é alta, em média, é igual a 8-10%. Para diminuir a mortalidade certifique-se que o ninho é fechado, introduzindo a mãe de manhã por alguns minutos para a alimentação, e após é retirada para evitar que sustos façam com que a fêmea pule para dentro do ninho, esmagando os filhotes ou que possam sair agarrados aos pelos da mãe e morram fora do ninho.
Em geral as coelhas possuem de oito a dez mamas das quais as duas peitorais são menos produtivas. A capacidade leiteira da coelha depende da alimentação que lhe é dada, por isso é aconselhável ministrar a fêmea lactante alimentos frescos, saudáveis, e bem equilibrados.
As fêmeas de primeira cria não produzem tanto leite, sendo importante verificar se os láparos estão recebendo o alimento em quantidades adequadas ao seu bom desenvolvimento.
Depois de trinta dias, a própria coelha já começa a afastar os filhotes iniciando naturalmente a desmama.
No dia da desmama o criador deve examinar os láparos um por um, e separá-los em lotes uniformes, de acordo com: sexo, tamanho,peso, raça e cor.
Os programas de desmame podem ser de difrentes formas, conforme o indicado abaixo:
Precoce - Separação entre 26 e 28 dias a partir do nascimento, realiza-se em sistemas intensivos, utilizando um alimento específico como o leite da coelha mãe. Este tipo de desmama é mais utilizado quando os coelhos são de corte e destinados ao abate e é realizada quando os filhotes atingirem aproximadamente 500gr.
Fisiológico - Separação entre 29 e 33 dias de vida, é aplicável em sistemas semi-intensivo, utilizando rações peletizadas de desmame.
Tardio - É a técnica menos utilizada, é aplicada em sistemas extensivos, a vantagem é que ela requer pouco trabalho, deixando-se os filhotes junto a mãepor muito tempo, o que aumenta o tempo, espaço entre as novas coberturas, diminuindo o número de nascimentos - parto/ano por fêmea.


Engorda:

É um período que varia entre o desmame e a terminação, são os trinta dias após o desmame.
Acabamento/Terminação:

É o tempo que decorre a partir da engorda dos coelhos. Corresponde a idade madura de 80 - 90 dias de vida dos animais, ou seja, depois de terem atingido um peso médio de 2,5 - 2,7 kg.
O rendimento para o abate nos coelhos é de cerca de 60 - 64% com a cabeça e membros, enquanto 48 - 55% sem cabeça e membros.