quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VARIAÇÃO DE CRESCIMENTO ANTES DA DESMAMA


Os láparos recém nascidos dependem exclusivamente do leite materno para sua alimentação, além das condições de ambiente favoráveis proporcionado por um ninho adequado.
Os filhotes começam a sair do ninho com 14-15 dias de vida e iniciam sua alimentação sólida ao redor dos 18-20 dias.
Nesta fase a produção leiteira da coelha decresce, situação que será tanto mais rápida quanto mais curto for o intervalo entre o parto e a nova cobrição.
Se a fêmea não for coberta e se mantiver só lactante a produção de leite diminui progressiva e lentamente.

* Influência da coelha-mãe: o crescimento dos láparos está em grande parte condicionado a produção leiteira da coelha.
Existem diferenças segundo a raça.
O intervalo entre parto-cobrição também influi no tempo de lactação.
As coelhas nulíparas produzem menos leite que as multíparas.

* Influência do tamanho da ninhada: a produção leiteira aumenta de acordo com o número de filhotes da ninhada, porém mais láparos menor consumo individual de leite por filhote.
O crescimento dos filhotes até os 20 dias, depende da quantidade de leite ingerida.
Os láparos maiores e mais vigorosos ao nascer também terão um maior desenvolvimento.

*Influência de outros fatôres: são os relacionados com o manejo e a genética.
A alimentação, condições ambientais e o estado sanitário determinam um correto crescimento, porém não podemos nos descuidar da melhora genética que trasnsmite cracterísticas fixas com relação a velocidade de crescimento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COELHA - FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO DE LEITE


São vários fatôres que influenciam na produção de leite da coelha. Sendo que esta varia em função da idade dos láparos - 17% produzida durante a primeira semana, 25% na segunda, sendo 32% na terceira e 26% entre os 21 e 28 dias de vida dos filhotes.
Esta variação produz uma curva assimétrica com o pico nos 18/19 dias de lactação.
O número de filhotes também influem na produção de leite de tal modo que, maior número de crias, maior produção de leite.
As coelhas multíparas produzem maior quantidade de leite que as primíparas.
O número de mamas também tem influencia na produção de leite, de modo que as coelhas que possuem mais de oito tetas, produzem entre 2 e 5% a mais de leite.
Fatores genéticos também influem de tal modo que animais (fêmeas) híbridos (cruzados), produzem mais leite que os de raça pura.
As coelhas são mais sensíveis a altas temperaturas que as baixas, as condições de conforto situam-se ao redor dos 23ºC, ocorrendo uma diminuição importante da produção de leite em torno dos 30ºC
As reprodutoras, criadas com uma alimentação balanceada e controlada, tem maior produção durante a primeira lactação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PSEUDOGESTAÇÃO


Pseudogestação ou falsa gravidez é um estado em que as coelhas se comportam como se estivessem cobertas.
Algumas coelhas por volta dos 17 dias após a cobrição apresentam algumas manifestações como se estivessem em gestação, ou seja tentam fazer o ninho, muitas vezes desenvolvem as mamas, etc.

A fêmea no cio, libera óvulos maduros estimulada pela presença do coelho e do consequente salto. Quando os óvulos não são fecundados, ocorre uma pseudogestação, que dura 15 a 18 dias. O início e o desenvolvimento dos corpos lúteos e o do útero são os mesmos que na gestação. Porém nesta fase a fêmea não é fecundada e sua regressão acontece ao redor do 12º dia, desaparecendo sob a ação de um fator luteolítico secretado pelo útero,(prostaglandina).
O fim da pseudogestação é acompanhada pelo aparecimento de um comportamento materno e construção do ninho, junto a reduzida taxa de progesterona no sangue.

Se em nossa criação constatarmos a ocorrência de falsa gestação em uma ou mais coelhas, devemos prestar atenção na fertilidade do macho reprodutor utilizado, o coelho pode ser sexualmente ativo porém esteríl.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PROBLEMAS REPRODUTIVOS - RECEPTIVIDADE

O exito da criação através da reprodução depende da receptividade, que nada mais é que a aceitação do macho pela coelha. Quando a receptividade é boa a coelha uma vez coberta sofre uma série de alterações hormonais permitindo a ovulação e a fecundação de um número elevado de embriões.
Porém, quando a receptividade é baixa, também o são as descargas hormonais, que originam cobrições negativas e ninhadas de reduzido número de láparos.
Vários fatôres afetam a receptividade, os quais destacamos: numero de láparos lactantes por coelha, condição física geral, condições ambientais, etc. Outros fatores de estréss, como a excessiva manipulação dos animais podem afetar a receptividade sexual.
Suponhamos que a coelha esteja receptiva, aceita o coelho, porém não fica coberta - falta fertilidade - ou fica coberta, mas com um número de embriões baixo, poucos - subfecundidade - nestes casos devemos examinar as causas:
Dentre as que podem se relacionar com o manejo, podemos citar:
- Falta de peso.
- Mal estado sanitário.
- Temperaturas elevadas ou muito baixas.
- Falta de luz: em criações sem luz artificial pode ocorrer baixa fertilidade quando o período de luz for inferior a 14/16 horas.
- Quando o macho não for fértil ou estiver sobrecarregado por montas excessivas.
- Esforço excessivo na lactação.
- Fatores genéticos.
- Indivíduos pouco produtivos devido a idade.
- Alimentação incorreta.
- A administração de vacinas ou medicamentos antes da cobrição.
O coelho é uma espécie considerada como uma das mais sensíveis as condições ambientais, de manejo e patológicas. Sendo assim, as coelhas devem chegar ao momento da cobrição, sãs, apresentando um peso adequado; não muito magras e também não excessivamente gordas, porém fortes.
Salientamos ser o peso, um fator preponderante como causa da infertilidade.
Cada criação possui caracterísiticas próprias, determinadas pela construção, clima, qualidade dos animais, como também os fatores de risco serão diferentes dependendo do manejo aplicado por cada cunicultor.
Portanto o criador deve organizar um protocolo de manejo, que deve adaptar-se a cada tipo de coelha - reposição, primeiro parto, multiparas, atrasadas - inclusive aconselha-se aplicar sistemas de bioestimulação para melhorar a receptividade. A aplicação de programas de luz, programas alimentares específicos para cada estado fisiológico, etc., ajudam a manter a coelha em boas condições fisiológicas e sanitárias; o que contribui para a manifestação do cio no momento certo, nos garantindo assim uma boa receptividade.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LÁPAROS / CUIDADOS


Ao nascer os coelhos (láparos) são incapazes de manter a temperatura necessária ao bom funcionamento do seu organismo.
Devido a isso durante os primeiros dias a temperatura do ninho deve oscilar entre 30 e 35 graus centígrados, temperatura essa que colabora para o bom estado da ninhada, protegendo a saúde e o desenvolvimento dos filhotes.
O ninho é um acessório indispensável e de vital importância para o desenvolvimento dos láparos em seus primeiros dias de vida, uma vez que ele cumpre o papel de primeira proteção. Ele deve ser limpo, seco e se necessário devemos trocar a palha, maravalha ou o material de que é formado.
Deve ser retirado ao redor dos 20 - 21 dias, um pouco antes da desmama.
No que diz respeito a mortalidade que ocorre durante a lactação, as causas são inúmeras e se manifestam devido a erros no manejo e forma de condução da exploração.
O abandono da ninhada pela coelha durante a amamentação pode ser em decorrência de falta de leite, sustos ou ainda os "calos nas patas", porém pode ser motivado pela falta de água e mudanças bruscas de temperatura, fatores estes que também devem ser levados em conta pelo criador.
A mortalidade que ocorre desde o nascimento até o desmame é um fator que merece atenção dos criadores. Um índice de mortalidade de 12 a 18% durante este período pode ser considerado normal (em um ano). Porém muitas vezes ocorre uma porcentagem maior de 25 a 30% e as vezes mais.
Os láparos mais pequenos de uma ninhada são os mais fracos e menos visíveis, mais fáceis de morrer e com menor desenvolvimento. As ninhadas maiores, se não forem acompanhadas e com manejo adequado, podem apresentar uma mortalidade elevada, muitas vezes sendo necesário a transferência de filhotes para outras coelhas lactantes.
Constatamos baixas taxas de mortalidade em ninhadas de 7 a 10 filhotes.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A LENDA DO COELHO NA LUA.


Se olharmos para o céu em uma noite clara de lua cheia, com boa visibilidade, observando-se atentamente e contando com auxílio de nossa imaginação podemos ver a imagem de um coelho.

Uma antiga lenda Maia, nos explica o por quê dessa figura:

Ela nos diz que um dia o grande deus maia, Quetzalcoalt decidiu fazer uma caminhada na terra, disfarçando-se de forma humana.

Depois de andar muito e durante todo o dia, ao pôr do sol, ele estava com fome e cansado, mas não parou continuou caminhando.
A noite caiu, as estrelas começavam a brilhar e a lua já espreitava no horizonte, naquele momento o grande Deus decidiu sentar-se na beira da estrada para descansar.
Foi quando observou que próximo a ele estava um coelho, alimentando-se de uma bela porção de pasto.
Quetzalcoatl perguntou o que ele estava comendo, e o coelho disse que comia pasto e, humildemente, lhe ofereceu um pouco. No entanto, a divindade respondeu que ele não comia isso, e provavelmente iria morrer de fome e sede.
Horrorizado com tal possibilidade, o coelho se aproximou dele e disse ainda que, mesmo sendo apenas uma criatura simples e de pouca importância, ele poderia servir para atender as necessidades de Quetzalcoalt, e se ofereceu para ser seu alimento.
Quetzalcoatl comovido e com o coração cheio de alegria, com carinho acariciou a pequena criatura.
Pegou o animal em suas mãos, e disse que não importava quão pequeno era,ele tinha seu valor e desde esse dia todos na terra iriam lembrar da ação abnegada do pequeno coelho de oferecer sua vida para salvar outra.
Então ele o levantou alto, tão alto que a figura do coelho ficou estampada na superfície lunar.
Depois, cuidadosamente tornou a abaixá-lo novamente e mostrou-lhe que a sua imagem, sempre retratada de luz e de prata, estaria lá o tempo todo e para que todos os homens vissem.

Essa lenda também sua versão japonesa, onde o coelho é chamado Tsuki no Usagi.
Segundo esta versão, apareceu um dia em uma aldeia no Japão, um ancião que aparentemente estava tendo muitas necessidades, e pediu ajuda e comida para três animais: um macaco que subiu numa árvore e pegou alguns frutos, uma raposa, que caçou para ele um pássaro e um coelho, que infelizmente voltou sem nada.

Quando ele viu o sofrimento do velho sentiu grande tristeza e culpa, vendo um fogo próximo ele se joga, dando-se em sacrifício, para saciar a fome daquele senhor.
Vendo isto, o velho homem revelou sua verdadeira identidade, era um deus poderoso.
Entristecido com o fim do pequeno animal, quis imortalizar o seu sacrifício, deixando sua marca na lua.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SELEÇÃO DE COELHOS PARA A PRODUÇÃO DE CARNE


Ao produtor de coelhos para a carne só importa uma coisa: produzir carne em pouco tempo e para isso necessitamos de coelhas que tenham capacidade de parir muitos filhotes, que não morram e que alcancem rápido o peso de abate.
As fêmas mais prolíficas (8-9 filhotes), consomem a mesma quantidade de ração durante a gestação, que as coelhas que tem de 3 a 4 filhotes.
Por isso, devemos selecionar as melhores crias das coelhas mais produtivas.
As melhores coelhas são as que desmamam maior quantidade de filhotes grandes, sadios e de tamanho uniforme.

Também é importante selecionar os descendentes das coelhas mais tranquilas, as menos nervosas que não são assustadiças, se deixam acariciar pelo criador, permitem que se revise o ninho no mesmo dia do parto e que não abandonam suas crias.
Os filhotes dessas coelhas, tendem a ser muito tranquilos também, o contrário de filhos de fêmeas assustadiças e agressivas; que se assustam quando o criador abre a porta da gaiola pondo em alerta e assustando toda a criação. Não devemos revisar o ninho logo após o parto deste tipo de coelha, porque saltam para dentro do mesmo, causando muitas vezes a morte de láparos.
Os filhotes desmamados devem ter um crescimento uniforme e rápido, com boa conversão dos alimentos.
Observa-se que é muito mais rentável trabalhar-se com animais calmos, que desevolvam-se rapidamente, atingindo logo o peso de abate,reduzindo a mão de obra no criatório, diminuido o tempo de ocupação das gaiolas de engorde, gerando com isso uma maior rotação e aproveitamento racional das mesmas, acelerando assim o retorno do capital investido.
Alguns conselhos:
Se alguma coelha falhou o parto ou teve poucas crias, devemos transferir para outra fêmea os láparos e aproveitar o cio pós parto para fazermos nova cobrição.
Para a coelha que está amamentando, nunca deve faltar água e ração a vontade.
Devemos eliminar da criação os machos que não manifestem "ardor sexual" ao efetuar a cobertura e fêmeas inférteis ou que não se deixem montar.
Para identificarmos os coelhos - láparos, que foram transferidos para outra coelha-mãe, podemos passar álcool na orelha e depois furar (pequena punção) com uma agulha molhada em tinta escura ou pasta de tatuar, a orelha não vai sangrar e no momento da desmama notaremos os coelhos com uma marca (ponto preto) na orelha, como sendo aqueles introduzidos na ninhada.

domingo, 17 de outubro de 2010

DESMAMA - PROCEDIMENTOS


O momento da desmama, é quando o criador retira os filhotes da gaiola da fêmea, alojando-os em outra; os coelhos são separados da mãe a partir dos 25 dias e no máximo quando atingirem 32 dias. O mais frequente é aproximadamente aos 28 dias.
Muitos criadores optam retirar a coelha da gaiola, deixando os filhotes por ocasião da desmama, com o intuíto de reduzir o stress que a separação provoca nos filhotes.
Se a coelha foi coberta no dia do parto (sistema intensivo), a desmama deverá ser feita entre os 25 ou 29 dias, não mais.
Se a coelha foi coberta entre 10 a 12 dias depois do parto (sistema semiintensivo), a desmama deverá ocorrer entre 26 e 30 dias, o mais frequente é aos 28 dias.
Caso a fêmea fique prenhe aos 20 - 25 dias depois da desmama (caso das primeiras coberturas com resultado negativo), a desmama pode realizar-se ao redor de 28 - 32 dias. A partir deste momento, não devemos ter nenhum interesse em prolongar a lactação e a presença dos filhotes com a mãe não é recomendada.
Em casos de ninhadas muito numerosas, podemos dilatar o tempo para a desmama.
Cada ninhada por ocasião da desmama, deverá ser transferida da gaiola maternidade para outro local, onde proceder-se-à o controle de peso bem como o correspondente registro.
Os filhotes são geralmente distribuidos por grupos, utilizando-se caixas para o transporte até o local da engorda, onde são alojados em grupos de 6 a 8 por gaiola.
Devemos eliminar os coelhos pouco desenvolvidos e debilitados, por serem os mais predispostos a processos tanto parasitários como infecciosos. Durante o translado realizamos o controle do estado sanitário dos animais.
Alguns criadores optam por diminuir as gaiolas de engorde e realizam um manejo denominado pós desmama, que consiste em distribuir os filhotes - 50% da ninhada em cada gaiola, durante 15 dias e após os redistribuem em outra gaiola maior, juntando-os para o engorde.
Na ficha registro da coelha devemos anotar o número de filhotes da ninhada, o número de filhotes desmamados, bem como seu peso total.
Este controle torna-se indispensável para a gestão técnica da criação.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MANEJO DO COELHO DOENTE


As enfermidades dos coelhos são um problema quase que diário nas criações, principalmente nas intensivas.
Cabe ao cunicultor distinguir as enfermidades esporádicas, próprias de um só animal dentro do criatório, e as doenças infecciosas ou parasitárias contagiosas que podem afetar a todos os animais.
A observação e identificação dos problemas patológicos exigem atenção e método próprio.
O coelho é um animal sensível e delicado, seu esqueleto representa somente 8% de seu peso.
A estabilidade psíquica e emocional do coelho é muito importante para o desenvolvimento de suas funções metabólicas. As situações de stress implicam no bloqueio da cecotrofia, além de ocasionar outros transtornos hormonais.
Durante a vida produtiva dos coelhos temos inúmeras ocasiões de inspecionar os animais, cobrições, transportes, trocas de locais, etc, são um bom momento para efetuarmos um breve check up.
Para evitar danos, stress e lesões nos coelhos é necessário um manejo adequado; a manipulação errada pode causar luxações vertebrais, luxações femurais, lesões na submucosa, etc.
Para manejarmos os coelhos devemos ter cuidado para que a coluna vertebral não sofra tensões, devemos colocar o animal nos braços com a garupa no antebraço. Este sistema de contenção evita lesões e traumatismos.
Não sujeitar nunca o animal pelas orelhas ou patas posteriores.
Os coelhos reprodutores devem ser examinados completamente, ao efetuar-se operações de manejo tais como: inseminação, monta, palpação.
De forma rotineira devemos obeservar os seguintes pontos:

Orelhas: se examinam externa e internamente, nelas podemos descobrir caroços na base e na periferia - que pode ser indício de mixomatose, traumatismos, erupções, etc.
No fundo da orelha podemos encontrar costras de sarna psorotica auricular em diversos graus de desenvolvimento.

Nariz: devemos inspecionar os orifícios nasais, comprimindo-os suavemente para verificar a presença de exudados. Se observará também se mostram restos de mucosidades, sangue, pús, etc.;o que permite descobrir a natureza das rinites e sua possível evolução.

Boca: se pode fazer uma revisão dos dentes, especialmente se observarmos que o animal come pouco ou mostra sintomas evidentes de enfraquecimento. Permite descobrir problemas hereditários como o de apresentar dentes salientes, o que leva a má oclusão.

Tronco e abdômen: se realiza esta operação quando efetuamos a palpação nas coelhas, geralmente se descobre possíveis tumores gástricos ou abdominais.

Ânus e genital: se examina em cada ação que praticamos com os reprodutores, em geral nessas inspeções podemos descobrir a presença de manchas provocadas por diarréia, mucosidades, estado da vulva (relacionado com a aceitação da monta).
Assim se pode identificar determinados parasitas e lesões causadas por diversos microorganismos: nos machos reprodutores examina-se os órgãos sexuais periodicamente, especialmente se ocorrer falta de libido.
É importante observar o desenvolvimento de lesões genitais ocorridas após aborto ou alterações que afetem as ninhadas. São de grande valia as inspeções mamarias, quando houve perda de láparos, pois podem estar relacionadas com a mamite ou estafilococias.

Pele: em geral deve ser a base de um pelo fino, largo, brilhante em bom estado sanitário.
Na pele se pode descobrir alterações tais como; abcessos, eczemas húmidos, áreas sem pelo, devido a causas diversas: falta de fibra, atrepsia, infecções por pasteurelas, mixomatoses,etc.
A pele deve ter elasticidade, voltando ao normal após ser distendida. Quando a pele perde textura geralmente é por falta de hidratação.

Olhos: devem estar sempre vivos, com ausência de sulcos lagrimais, abcessos ou aderências. A vivacidade da cor dos olhos são sintoma de boa saúde.
Como observação rotineira que podemos fazer além de inspeções oculares e através de apapalções, é o exame das excreções dos animais que também nos permite detectar determinados problemas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CIO DAS COELHAS

O cio é uma manifestação do amadurecimento do óvulo que se produz de 5 a 12 dias em cada período estral. Só nesse período é possível a fertilização. A ovulação da coelha tem a particularidade de manifestar-se mediante o estímulo sexual do macho durante a cobertura.
A isto chamamos de ovulação induzida, quando os óvulos maduros se liberam de 10 a 12 horas depois do salto.
Para determinarmos visualmente se uma coelha está no cio é necessário observar a vulva, que durante este período apresenta uma coloração que vai do vermelho intenso até o violeta com os lábios bem dilatados e intumescidos.
Neste momento a fêmea está disposta a aceitar o macho, arqueando o corpo e permitindo o salto, o qual deve prolongar-se por uns 4 ou 5 segundos e tem que terminar com uma contração generalizada do macho que cai de costas emitindo, as vezes um som agudo.
Durante o outono (março a maio), observamos um período de "calma genital", quando há uma baixa considerável na fertilidade. Este período se caracteriza por ausência de cio nas coelhas, o que chamamos de infertilidade temporária.
Não se recomenda a cobrição forçada, uma vez que esta, raramente apresenta resultados positivos.
A repetição do cio nas fêmeas não fecundadas é em média de 10 a 15 dias, depois do parto ele reaparece logo após (o parto), tendo uma duração média de 7 dias.
As medidas que podemos tomar para reduzir os efeitos da infertilidade temporária consistem em: realizar o controle da iluminação proporcionando 16 horas de luz, renovar o plantel de fêmeas incorporando coelhas virgens, realizar cobrições imediatamente após o parto e a utilização de hormônios com o acompanhamento de um técnico (veterinário).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

DIFICULDADES NA CONCEPÇÃO


O coelho silvestre não se reproduz no outono e inverno, pela influência do ambiente sobre as glândulas reprodutivas, que não produzem células normais nesta época.
Já o coelho doméstico se modificou e o período de esterilidade é mais curto dependendo da genética dos animais e do clima; existem exemplares que se apresentam sempre fecundos e outros não o são em períodos que variam entre 4 a 10 semanas. As fêmeas que por qualquer causa passam algum tempo sem criar, tem mais dificuldades em ficar prenhes.
As altas temperaturas e o clima seco, especialmente quando são "fora de época"ou anormais são causas de esterilidade que as vezes se prolonga por vários meses. Também a muda dos pelos e uma alimentação carente de nutrientes podem contribuir para a esterilidade temporal.
Durante o período de esterilidade podemos minimizá-la oferecendo aos coelhos um complemento alimentar a base de vitaminas.
O cunicultor deve selecionar os reprodutores, eliminando os que transmitirem aos seus descendentes, tendência a esterilidade.
Outros fatôres que influem na esterilidade dos coelhos:

* Condição física - os reprodutores excessivamente gordos ou fracos, muitas vezes não concebem. Com exercícios e alimentação adequada voltam a reproduzir normalmente.

* Idade - Devemos levar em conta a possibilidade de que em muitos casos animais que não concebam, se deve ao fato de serem jovens demais ou muito velhos.

* Retenção de fetos - Coelhas as vezes apresentam partos incompletos, e os fetos retidos são absorvidos, muitas causando danos no útero e apartir daí raramente concebem. Se diagnostica mediante a apalpação.

* Reabsorção fetal - As coelhas cobertas poucos dias após o parto e fecundadas, correm o risco de sofrer uma reabsorção fetal durante a gestação, se o nível nutricional que lhe é oferecido for insuficiente. Devido a isso devemos manter os animais bem alimentados, com ração rica em proteínas, minerais e vitaminas.

* Falsa gestação - Depois de um estímulo sexual sem fecundação notamos um período de mais ou menos 17 dias em que a coelha se apresenta esteríl. Devido a isso convém que as fêmeas alojadas em grupos, devem ser transferidas para gaiolas individuais entre 20 a 22 dias antes de serem cobertas.



quarta-feira, 30 de junho de 2010

DOENÇAS/CONTROLE

O controle mínimo de surtos de doenças é a chave para o sucesso de uma criação, em especial a de coelhos.
Muitas doenças ocorrem por mau uso ou falta de conhecimento, podemos afirmar que as perdas são em torno de 25% em especial nas criações de médio porte e grande porte. Isso inclui coelhos (coelhos recém-nascidos), natimortos ou que morrem após poucos dias de nascimento, a morte de coelhos jovens e adultos.
A doença pode ser definida como a redução ou a suspensão do funcionamento normal de qualquer parte do órgão, ou sistema do corpo (ou combinação) que se manifesta por um conjunto de sintomas característicos. Os agentes causadores da doença desenvolvem-se continuamente no ambiente do coelho.
No entanto, muitas vezes a doença manifesta-se em alguns animais e em outros não, talvez devido a resistência genética à doença específica de alguns coelhos.
Outro fator que o cunicultor deve considerar em caso de doença é a concentração do agente. A concentração de organismos patógenos (causadores de doenças) está relacionada com a realização da higiene e com a densidade populacional de animais nas instalações.
Em raças sob confinamento, as doenças tendem a aumentar quase proporcionalmente com o aumento do número de animais no espaço dado. Ventilação, higiene e acompanhamento são importantes fatores no controle de moléstias.
A ventilação está diretamente associada com o ar de diluição. Quanto menor a ventilação maior será o número de organismos patogênicos dispersos em uma área específica, uma ventilação adequada contribui significativamente para a redução de doenças respiratórias.
O saneamento, a limpeza do ambiente bem como a utilização de produtos químicos nessa operação contribui de maneira significativa para o controle de microorganismos patogênicos.
A remoção dos dejetos das gaiolas, a desinfecção dos ninhos, bem como a remoção de pelos, reduzem o número de organismos causadores de doenças. A observação contínua dos animais, fezes e de alimentos e o consumo de água são fatores que contribuem para a prevenção precoce de doenças.
Todos os animais que foram expostos a doenças contagiosas, ou que tenham sido infectados, devem ser isolados. Também devemos isolar animais que tenham sido exibidos em feiras, ou recém adquiridos, por um período não inferior a 15 dias.
Observe os animais durante esse período e fique atento a quaisquer sinais de doença, tais como corrimento nasal e diarréia. Se você suspeitar da presença de alguma doença no lugar onde você comprou animais, previna-se com o uso de antibióticos de largo espectro, como a oxitetraciclina para a prevenção do surto da doença em sua criação. Algumas doenças podem ser diagnosticadas pelos sintomas clínicos, enquanto outros só podem ser detectadas pelo exame após a morte do animal (autópsia) e, em alguns casos, através técnicas especializadas.
Uma vez que nos familiarizarmos com a aparência normal dos órgãos internos dos animais abatidos, podemos distinguir anormalidades nos animais que morrem sem apresentar sintomas de doença evidente, o que pode contribuir para a prevenção de possíveis surtos de doenças na criação.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

VANTAGENS DA CRIAÇÃO DE COELHOS EM PEQUENAS PROPRIEDADES

A exploração de coelhos de raças para produção de carne, é uma importante atividade para pequenos agricultores que a utilizam para o consumo próprio, sendo uma espécie de produção animal que oferece inúmeras vantagens em relação a outros tipos de exploração agropecuária.
Assim destacamos alguns aspectos relevantes.
- Pouca área para as instalações:
A superfície destinada para o galpão ou disposição das gaiolas, dependerá de quantos coelhos queremos criar. Cada coelho necessita de um espaço de 3600 cm² aproximadamente.
Portanto, para prover carne para uma família, será mais que suficiente preparar um coelhário de 6 m².
- Alimentação:
O alimento é o custo mais importante na criação de coelhos para carne; porém em pequenas criações familiares podemos aproveitar os subprodutos e restos da horta; podemos também, utilizar forragens como aveia, azevém, etc.
A forragem deve ser ministrada murcha o que diminuirá a quantidade de água em sua constituição, pois a alimentação quando baseada unicamente com vegetais pode ocasionar diarréias com alta mortalidade. Devido a isso, os grãos ( aveia, trigo, milho) que serão fornecidos quebrados no caso do milho, ou milho em espiga com palha (nunca moído - pode ocasionar problemas respiratório) somados a um alimento balanceado - ração - são excelentes para complementar uma ração apropriada.
- Carne de excelente qualidade:
A produção familiar de coelhos, nos permite obter a baixo custo uma carne rica em proteínas, com reduzido nível de colesterol e de alta digestibilidade.
- Mão de obra:
A criação pode ser manejada ou conduzida por indivíduos jóvens, mulheres ou idosos.
- Ciclo de produção curto:
Os animais podem iniciar a reprodução com quatro meses em relação as fêmeas e seis meses os machos, observando sempre que os animais devem ter alcançado 80% do peso adulto. A gestação (30 dias), a lactação (30 dias) e o abate em média se realiza ao 85 dias de vida (2.400 kg/vivo)
- Produtividade:
1 coelha: 6 partos por ano x 6 filhotes desmamados = 36 coelhos para abate.
Rendimento aproximado por coelha em produção: 1,5 kg de carne x 36 coelhos = 54 kg de carne.
- Adaptação as variações de temperatura:
O animal adulto tolera bem o frío, devendo-se se dar boa proteção aos láparos recém-nascidos.
As gaiolas e/ou galpões devem ser protegidas dos ventos frios.
Em locais de altas temperaturas se deve proteger o coelhário com sombra (árvores de folhas caducas).
- Aproveitamento:
Podemos aproveitar o esterco, com uma alternativa de reciclagem através da utilização de minhocas "da califórnia" para a produção de húmus. Em alguns casos podemos colocar as minhocas diretamente embaixo das gaiolas evitando-se a proliferação de moscas e reciclando-se os dejetos continuamente.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

MANEJO DOS LÁPAROS


Ao nascer, os láparos são incapazes de sobreviver por conta própria, a temperatura necessária para o bom funcionamento de seus organismos durante os primeiros dias de vida deve oscilar entre 30 e 35 graus centígrados, isto dentro do ninho; temperatura esta, que deve ser controlada e mantida, para que contribua para o bom desenvolvimento dos filhotes.
O ninho é um acessório indispensável, a cama deve estar sempre limpa e se necessário podemos renová-la, acrescentando-se mais palha, maravalha, etc.
O ninho poderá ser retirado ao redor dos 25-30 dias, um pouco antes da desmama.
Devemos revisar o ninho diariamente, retirando-se os filhotes mortos e observando a vitalidade dos demais.
A mortalidade durante a lactação muitas vezes pode ser atribuida a coelha (falta de leite,sustos, calos nas patas,...), porém também pode ser motivada por falta de água (em muitos casos por mudanças bruscas de temperatura), todos estes fatores devem ser levados em conta.
A mortalidade desde o nascimento até a desmama tem muita importância em uma criação de coelhos. Seu controle depende dos cuidados que o cunicultor tiver com láparos desde o nascimento.
Um índice de mortalidade de 12 a 18% durante este período pode ser considerado normal, esta porcentagem corresponde a um período relativamente longo, ou seja de um ano. Porém em muitas criações não é raro registrar índices de mortalidade de 25 a 30%.
Os láparos mais pequenos de uma ninhada, são os mais fracos e menos resistentes, e portanto menos visíveis, o que pode contribuir para sua morte. As ninhadas mais numerosas apresentam igualmente uma mortalidade, as vezes maior, daí a necessidade de praticar-se a "adoção" apartir dos 12 láparos por ninhada, taxas de mortalidade mais baixas são observadas em ninhadas de 7 a 10 láparos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

ALIMENTAÇÃO DA COELHA NO MOMENTO DO PARTO



A coelha durante os dias que antecedem ao parto, deve ter uma alimentação racionada, e após ter parido se dará ração a vontade.
A água é muito importante, tanto antes como depois do parto, devido as necessidades de lactação.
Com relação a suplementação da alimentação, observamos que alguns cunicultores, administram sistematicamente no período de parto, minerais, vitaminas, tranquilizante, "fatores" de aumento da lactação, assim como antibióticos para evitar possíveis enfermidades. São muitos os abusos que se realizam neste sentido e, não podemos esquecer que devemos dar uma alimentação normal para um aproveitamento ou rendimento normal.
Em caso de produções excepcionais, podemos ministrar um suplemento vitamínico, porém unicamente nestes casos.
Em explorações racionais com um manejo alimentício correto, este tipo de suplemento não tem validade alguma.
Durante este período - pré e pós parto - a coelha é muito sensível a qualquer troca no sistema de alimentação, o que precisamos evitar.
O criador deve ainda ter muita atenção na limpeza dos alimentos e dos comedouros/bebedouros.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CARACTERES REPRODUTIVOS DA FÊMEA


Nas fêmeas a puberdade chega geralmente quando atingem 70-75% do peso vivo de uma coelha adulta. Todavia aconselha-se esperar a chegada dos 80% do peso vivo, para dar início a reprodução, paramêtros válidos também para os machos.
A coelha é considerada como poliéstrica anual, pois apresenta cio durante o ano todo e a ovulação é induzida - a liberação do óvulo só ocorre quando existe cópula e a ovulação acontece entre 8 a 10 horas depois do acasalamento.
A coelha no cio, que dura entre 5 a 10 dias, apresenta as seguintes características:
- Fricciona continuamente as narinas;
- Permanece deitada sobre o terço anterior, com o posterior levantado;
- A vulva apresenta-se molhada e bem avermelhada;
- Aceita o macho tranquilamente;
Consideramos que uma coelha está no cio quando aceita a monta por parte do macho.

Uma boa coelha deve possuir de 8 a 10 mamas, bem constituídas, o que é muito importante para a criação e desenvolvimento de ninhadas numerosas, além apresentar uma pélvis larga e profunda que proporciona um bom parto, eliminando-se das criações fêmeas que apresentem a pélvis deformada ou estreita. A medida que nos machos é favoravel demonstrar um temperamento fogoso e vivaz, como sinal de saúde e vitalidade, nas fêmeas é preferível um caráter tranquilo, a timidez e o nervosismo podem repercutir desfavoravelmente no parto e no cuidado da ninhada (abortos, abandono das crias, canibalismo, etc).
O êxito da produção não depende somente de que a coelha reuna as condições adequadas para ele, sua alimentação deve ser nutritiva e vitaminada, porém não é conveniente que as fêmeas estejam demasiadas gordas, muitas vezes parindo poucos filhotes, quase sempre de tamanho pequeno e muitas vezes mortos ou que produzam quantidade de leite insuficiente e que cuidem mal as suas crias.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O CRESCIMENTO DO COELHO

De acordo com alguns estudos e experiências, destacamos alguns resultados no que diz respeito ao crescimento dos coelhos.
* O crescimento nas primeiras semanas é aproximadamente similar, tanto para o macho como para a fêmea.
* A partir da 15ª semana as fêmeas adquirem maior desenvolvimento em relação ao macho.
* Observa-se um crescimento maior nas primeiras semanas de vida do que nas seguintes.
* Na primeira semana o coelho duplica o seu peso, ficando o seu peso aos 2 meses de idade 20 a 25 vezes superior ao que apresentava ao nascer.
* Praticamente não existe crescimento decorridas as 25 semanas de vida, mas até pelo contrário, observamos uma redução, por menor que seja.
* Examinando as curvas individuais de crescimento observam-se irregularidades e anomalias que ocorrem e são difíceis de serem registradas e levadas em conta em um estudo, e que influem no desenvolvimento dos animais, tais como: variações na alimentação, climáticas, ambientais, etc.
Temos que observar que aos períodos de decadência no crescimento, seguem outros períodos de crescimento compensatório, terminando o coelho por adquirir o peso que lhe corresponde segundo as suas características, podendo-se dizer que cada animal goza da propriedade de adquirir um peso determinado; mas isto somente ocorre (crescimento de compensação) quando o atraso no crescimento tenha sido por causas acidentais, excluindo-se os fatores hereditários.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A ENGORDA

A engorda dos coelhos é o período compreendido entre a desmama e o abate.
Tem uma duração variável em função do tipo de produto que queremos obter, determinado pelo peso vivo final médio, a alcançar pelos coelhos.
O objetivo da engorda racional dos coelhos é conseguir um crescimento rápido, com baixo consumo de alimento, com altos indíces de conversão e com mínima mortalidade possível.
A idade de abate é ao redor dos 2 meses, quando se alcança o peso vivo médio de 2,0-2,5 quilos.
Se a engorda se prolonga além das 12 semanas se alcança pesos vivos de 2,6-2,7 kg.
Em geral não é conveniente prolongar a engorda muito além desta idade, porque a partir dai diminui o indíce de conversão e se obtém, uma carne com maior porcentagem de gordura.
Não existe diferença sifnificativa de peso entre machos e fêmeas, para que valha a pena realizar a engorda dos animais separados por sexo.
O peso dos animais na idade de abate é influenciado pelo peso no momento da desmama, de modo que a heterogeneidade dos pesos dos coelhos na idade do desmame origina uma heteregenoidade nos pesos dos animais na idade do abate, se bem com menor amplitude de variação (diferenças de peso entre 11 e 30% na desmama com 35 dias de idade pode conduzir a diferenças de peso entre 6,7 a 17% no peso aos 71 dias de idade).
As gaiolas em que são alojados os animais durante a engorda devem ser diferentes das destinadas a reprodução, dadas as diferentes necessidades ambientais que existem entre a engorda e sobretudo a fase de lactação.
Ainda, a realização da engorda em gaiolas separadas e ambiente diferenciado permite a melhora do estado sanitário e evita a convivência entre animais de diferentes estados produtivos e suscetíveis a processos patológicos.
As gaiolas de engorda de acordo com várias dimensões podem ser de: 40X90, de 50X70 e 50X80 cm².
A densidade normal dos animais nas gaiolas é de 16 a 18 coelhos por metro quadrado (600-700 cm2/animal); uma densidade superior pode diminuir o rendimento durante a engorda.
E se recomenda que não se ultrapasse o número de 20 animais/m² o que corresponde aproximadamente 40 kg de PV/m² ao final da engorda.
A densidade do alojamento de engorda também sofre influência da ventilação, em ambientes com ventilação natural se admitem densidades menores que aqueles que possuem sistema de ventilação forçada. Igualmente no verão a densidade deve ser menor que no inverno.
A temperatura ideal para os ambientes de engorda situa-se na faixa de 12º C a 15ºC.
No que diz respeito a iluminação, 8 horas de luz diárias são necessárias, podendo situar-se em torno de 5 - 10 horas luz, em casos em que se utilize iluminação artificial, devemos ter a precaução de acender as lâmpadas em horas fixas para não perturbar a cecotrofia.
A mortalidade dos coelhos durante a engorda pode ser variável, entre 2 a 20%, sendo mais frequente de 5 a 10%. Mortalidades maiores, superiores a 10%, podemos considerar anormalmente elevadas e devidas a um manejo inadequado, como más condições higiênicas no criatório, pois a limpeza e desinfecção é fundamental na criação de coelhos.
O rendimento médio diário de peso durante a engorda pode variar entre 30 e40g/dia, se bem que é muito frequente as médias de 35 a 38 g/dia.
O rendimento da carcaça pode variar de 60 a 63% quando abatidos até 80 dias de idade, com peso vivo de 2,5 kg.
A alimentação com ração diminui a proporção de gordura, porém é dificil de controlar, pois exige calcular a quantidade diária a ser ministrada, com uma atenção continuada de registro de consumo.
O consumo diário de ração a ser ministrada aos coelhos em engorda, é em média de 100 a 130 gr./dia.
No período de engorda os tratamentos de qualquer natureza devem ser suspensos, afim de não comprometer a qualidade da carne.