terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O CRESCIMENTO DO COELHO

De acordo com alguns estudos e experiências, destacamos alguns resultados no que diz respeito ao crescimento dos coelhos.
* O crescimento nas primeiras semanas é aproximadamente similar, tanto para o macho como para a fêmea.
* A partir da 15ª semana as fêmeas adquirem maior desenvolvimento em relação ao macho.
* Observa-se um crescimento maior nas primeiras semanas de vida do que nas seguintes.
* Na primeira semana o coelho duplica o seu peso, ficando o seu peso aos 2 meses de idade 20 a 25 vezes superior ao que apresentava ao nascer.
* Praticamente não existe crescimento decorridas as 25 semanas de vida, mas até pelo contrário, observamos uma redução, por menor que seja.
* Examinando as curvas individuais de crescimento observam-se irregularidades e anomalias que ocorrem e são difíceis de serem registradas e levadas em conta em um estudo, e que influem no desenvolvimento dos animais, tais como: variações na alimentação, climáticas, ambientais, etc.
Temos que observar que aos períodos de decadência no crescimento, seguem outros períodos de crescimento compensatório, terminando o coelho por adquirir o peso que lhe corresponde segundo as suas características, podendo-se dizer que cada animal goza da propriedade de adquirir um peso determinado; mas isto somente ocorre (crescimento de compensação) quando o atraso no crescimento tenha sido por causas acidentais, excluindo-se os fatores hereditários.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A ENGORDA

A engorda dos coelhos é o período compreendido entre a desmama e o abate.
Tem uma duração variável em função do tipo de produto que queremos obter, determinado pelo peso vivo final médio, a alcançar pelos coelhos.
O objetivo da engorda racional dos coelhos é conseguir um crescimento rápido, com baixo consumo de alimento, com altos indíces de conversão e com mínima mortalidade possível.
A idade de abate é ao redor dos 2 meses, quando se alcança o peso vivo médio de 2,0-2,5 quilos.
Se a engorda se prolonga além das 12 semanas se alcança pesos vivos de 2,6-2,7 kg.
Em geral não é conveniente prolongar a engorda muito além desta idade, porque a partir dai diminui o indíce de conversão e se obtém, uma carne com maior porcentagem de gordura.
Não existe diferença sifnificativa de peso entre machos e fêmeas, para que valha a pena realizar a engorda dos animais separados por sexo.
O peso dos animais na idade de abate é influenciado pelo peso no momento da desmama, de modo que a heterogeneidade dos pesos dos coelhos na idade do desmame origina uma heteregenoidade nos pesos dos animais na idade do abate, se bem com menor amplitude de variação (diferenças de peso entre 11 e 30% na desmama com 35 dias de idade pode conduzir a diferenças de peso entre 6,7 a 17% no peso aos 71 dias de idade).
As gaiolas em que são alojados os animais durante a engorda devem ser diferentes das destinadas a reprodução, dadas as diferentes necessidades ambientais que existem entre a engorda e sobretudo a fase de lactação.
Ainda, a realização da engorda em gaiolas separadas e ambiente diferenciado permite a melhora do estado sanitário e evita a convivência entre animais de diferentes estados produtivos e suscetíveis a processos patológicos.
As gaiolas de engorda de acordo com várias dimensões podem ser de: 40X90, de 50X70 e 50X80 cm².
A densidade normal dos animais nas gaiolas é de 16 a 18 coelhos por metro quadrado (600-700 cm2/animal); uma densidade superior pode diminuir o rendimento durante a engorda.
E se recomenda que não se ultrapasse o número de 20 animais/m² o que corresponde aproximadamente 40 kg de PV/m² ao final da engorda.
A densidade do alojamento de engorda também sofre influência da ventilação, em ambientes com ventilação natural se admitem densidades menores que aqueles que possuem sistema de ventilação forçada. Igualmente no verão a densidade deve ser menor que no inverno.
A temperatura ideal para os ambientes de engorda situa-se na faixa de 12º C a 15ºC.
No que diz respeito a iluminação, 8 horas de luz diárias são necessárias, podendo situar-se em torno de 5 - 10 horas luz, em casos em que se utilize iluminação artificial, devemos ter a precaução de acender as lâmpadas em horas fixas para não perturbar a cecotrofia.
A mortalidade dos coelhos durante a engorda pode ser variável, entre 2 a 20%, sendo mais frequente de 5 a 10%. Mortalidades maiores, superiores a 10%, podemos considerar anormalmente elevadas e devidas a um manejo inadequado, como más condições higiênicas no criatório, pois a limpeza e desinfecção é fundamental na criação de coelhos.
O rendimento médio diário de peso durante a engorda pode variar entre 30 e40g/dia, se bem que é muito frequente as médias de 35 a 38 g/dia.
O rendimento da carcaça pode variar de 60 a 63% quando abatidos até 80 dias de idade, com peso vivo de 2,5 kg.
A alimentação com ração diminui a proporção de gordura, porém é dificil de controlar, pois exige calcular a quantidade diária a ser ministrada, com uma atenção continuada de registro de consumo.
O consumo diário de ração a ser ministrada aos coelhos em engorda, é em média de 100 a 130 gr./dia.
No período de engorda os tratamentos de qualquer natureza devem ser suspensos, afim de não comprometer a qualidade da carne.