terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

PARALISIA DO TERÇO POSTERIOR



A paralisia do terço posterior é uma afecção que afeta especialmente os animais de reposição e reprodutores, se manifestando por alterações posturais e paralisias flácidas das extremidades posteriores. Quando o coelho adota a chamada posição da rã, com  as pernas de traseiras viradas para trás.
Em geral esta alteração se apresenta em nível das articulações das vértebras tóraco-lombares ou coxo-lombares.
Neste tipo de acidente se oberva uma paraplegia rígida ou flácida com ou sem incontinência urinária.
Causas da paralisia:
- Traumáticas: fratura (quebra) da espinha, problema esporádico ocasionado por uma contratura violenta de certos animais nevosos ao serem contidos ou assustados por barulho ou presença de outros animais. Muitas vezes o coelho assustado salta no interior da gaiola ocasionando uma ruptura em sua coluna.
- Hérnia de disco: alteração em colhas geralmente de reposição colocadas em gaiolas excessivamente pequenas, em geral deve-se a fraqueza vertebral.
- Outras causas: abcessos na coluna, o mais frequente, em geral causado por estafilococos ou estreptococos. Muitas vezes as enterotoxemias produzem neurotoxinas paralisantes.
As formas de paralisia se apresentam sempre de maneira aguda, devido a isso geralmente são irreversíveis. 
Surge bruscamente, impedindo os animais de se locomoverem, dificultando a alimentação e evoluindo para um processo de desnutrição acentuada.
Muitas vezes há complicação com quadros de diarréia grave.
Assim, a paralisia dos membros posteriores deve ser considerada como um acidente, por que ocorre quase sempre com animais já adultos e em ritmo de produção, sendo que devemos eliminar os coelhos que sejam acometidos deste mal.
Caso haja repetidos casos na criação, vemos a necessidade de uma revisão imediata nas instalações, como pisos inadequados e até no sistema de manejo das pessoas que trabalham na granja.
 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

FERTILIDADE


 Entendida como parámetro indicador da gestação, ao realizarmos a apalpação abdominal entre os 8 e 17 dias após a cobrição, nem todas as fêmeas resultam gestantes.
Podemos afirmar que a apalpação positiva gira em torno de 82% como média anual, observando uma irregularidade durante o decorrer do ano. Existem épocas com fertilidades superiores a 90% e outras em que dificilmente passam de 60%.
A época de maior problema, podemos situar a partir do fim do verão, devido principalmente a deficiencias de nutrientes durante os meses de calor por causa da diminuicao do consumo de alimento nas épocas mais quentes. 
Deve portante o criador, conhecedor desta problemática, oferecer aos animais dietas mais enriquecidas para estas épocas.
Outras causas que devem ser levadas em conta e influi na fertilidade é o estado sanitário das reprodutoras, sobretudo na saída do inverno.
A primavera contribui para a reprodução e as fêmeas estressadas, com síndrome respiratória, parasitadas, iniciam bem a gestação porém se esgotam logo apresentando falhas no desenvolvimento dos fetos ocasionando perdas na criação.
Na monta natural, os machos podem também ter responsabilidade na fertilização, quando apresentam uma má qualidade do sêmen ou quantidade nula.
Em qualquer caso, a cor da vulva e sua intumescência devem ser os indicadores confiáveis a serem observados para que se obtenha uma boa fertilização da coelha; ainda que a idade, ciclo produtivo e estado sanitário também sejam condicionantes importantes.
Em alguns sistemas de produção uma falha na fertilidade sugere a eliminação da coelha, porém em muitas vezes o cunicultor pode permitir que suas fêmeas apresentem de uma a duas apalpações negativas, embora seja o comportamento coletivo e a disponibilidade de reposição que definitivamente determinará a eliminação.