quinta-feira, 27 de outubro de 2016

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO - CUIDADOS







Durante o período de adaptação após a desmama, aproximadamente duas semanas, a mortalidade situa-se no patamar de 1,5 a 2% podendo ser consequência do estado sanitário dos animais após a desmama (coccidioses, infecções respiratórias); da forma com que se faz a troca da gaiola/maternidade para a de engorda e das condições sanitárias da gaiola em que forem alojados.
Durante este período a prevenção passa por:
  • desinfecção do local, gaiolas e materiais; 
  • preparação do ambiente - densidade dos animais (um grande número de animais na gaiola,influi na tranquilidade e aumenta os riscos de contágios);
  • melhorar o trânsito digestivo com  alimentação rica em  vitamina E;
  • controlar o pH do aparato digestivo acidificando a água a ser consumida (15 - 20 cc de ácido acético por litro);
  • controlar com medicamentos adequadamente a coccidiose, evitando a presença de infecções secundárias;

Após a adaptação torna-se indispensável ser muito rigoroso nas condições da água a ser consumida pelos coelhos e não descuidar-se da higiene dos comedouros e bebedouros.


terça-feira, 25 de outubro de 2016

MANEJO DA ALIMENTAÇÃO




Um adequado manejo da alimentação no período da desmama pode ajudar a controlar a ocorrência de problemas digestivos.
Um aspecto importante e que devemos levar em conta é a idade da desmama, dados os inconvenientes observados com  os sistemas intensivos.
Ao ser utilizado um sistema de cobrição aos 8 - 10 dias depois do parto, seria possível retardar a desmama para uma idade mais usual dos 30 dias até 35 - 38 dias.
Uma desmama mais tardia elevaria ligeiramente o índice de conversão da ração e permitiria uma adaptação mais gradual do aparelho digestivo dos filhotes com a troca de alimentação.
Outro ponto importante é a restrição da ração com a adição de feno de boa qualidade na alimentação diária dos coelhos durante a semana posterior à desmama. 
Com estas medidas se pretende reduzir a sobrecarga digestiva e portanto um excesso de nutrientes sem controle.
A restrição alimentícia nesta idade supõe uma diminuição temporária na velocidade de crescimento que se compensa antes do abate com um maior consumo de alimento pós desmame e já na fase de recria.


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

GENITAIS INFLAMADOS



Os coelhos podem apresentar os órgãos genitais inflamados, pelas seguintes causas infecciosas:
- Mixomatosis - causada por um vírus, que em forma clássica apresenta mixomas na zona genital dos animais.
- Sífilis do coelho (Treponema cuniculi)que produz quadros de inflamação nas zonas genitais (testículo, escroto, prepúcio e pênis) e nas fêmeas a inflamação no útero, vagina e vulva.
- Infecções secundárias, por Pasteurella multocida, por exemplo.
A recomendação é que o animal doente seja separado dos demais,podendo até ser sacrificado para impedir a disseminação do problema,melhorar as medidas de higiene no criatório, nunca permitir a entrada de outros reprodutores sem quarentena, controlar os mosquitos vetores de doenças.
Deve-se ainda, queimar as gaiolas (lança chamas) uma vez por mês, polvilhar o chão com cal.
Quando algum animal apresentar sintomas de inflamação em seu órgão genital seja macho ou fêmea, devemos fornecer boa alimentação compartilhada com um complexo vitamínico e a suspensão das atividades de cobrição ou monta até a identificação completa do problema.
Dependendo da gravidade da moléstia não permita a entrada ou saída de coelhos por pelo menos 6 meses e no caso de fêmeas com cria verifique a possibilidade salvar os filhotes.
 
  

terça-feira, 18 de outubro de 2016

PLANTEL REPRODUTOR

Plantel reprodutor é o lote de coelhos composto por um grupo relativamente pequeno de animais selecionados, com grande capacidade de reprodução e alto grau de pureza racial, destinado a produção de futuros reprodutores e demais animais que formam o resto dos coelhos da criação.

Constitui a base na qual se assenta toda a produtividade e rentabilidade do criadouro, tem uma enorme importância,pois visa aumentar a qualidade e a produtividade dos animais  ao procurar o tipo de coelho padrão.
O plantel é a  fonte de formação e apoio ao investimento, de grande  importância,  não    só para reduzir despesas com a aquisição de animais de qualidade, mas também para garantir a  infraestrutura necessária que deve ser dada aos animais melhorando suas condições de vida.
Exige também cuidados especiais, ração e alimentação adequada, controle dos serviços e outros.
O plantel pode ser formado por exemplares adquiridos em criações idôneas, exposições e os que são preparados com antecedência, em perfeito estado sanitário para serem indicados na reprodução dentro da criação.
O criador deve sempre lembrar que dos animais depende o futuro da criação, pois garante a origem dos exemplares utilizados, promove a uniformidade de tipo e produtividade dos animais atendendo  as necessidades do criatório seja para a produção de carne ou pele.

Os machos e as fêmeas que compõem o plantel devem ser cuidadosamente selecionados, sendo saudáveis, fortes e vigorosos.
Muitos coelhos morrem dentro de poucos dias de vida, geralmente devido a falta de vigor dos pais.
Para futuros reprodutores devem ser escolhidos animais de ninhadas pouco numerosas e de mães prolíficas, pois sendo poucos os filhotes concebidos, se desenvolvem mais no ventre materno, e consequentemente cada filhote receberá maior quantidade de leite durante a lactação, fazendo com que os filhotes tenham um bom desenvolvimento.
A escolha do tipo ideal deve representar o padrão da raça, sem defeitos graves, que poderão passar dos pais para os filhotes.
Devem apresentar as características sexuais bem marcadas, os machos devem ser inquietos e ágeis em seus movimentos, as fêmeas tranquilas e dóceis.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

COELHOS E AS ALTAS TEMPERATURAS



As altas temperaturas registradas no verão, afetam negativamente a produção de coelhos, tanto nas coelhas reprodutoras, como nos machos e coelhos de engorda.
O coelho é uma espécie de origem mediterrânea aparentemente adaptado a temperaturas altas, porém no que diz respeito ao coelho destinado a produção de carne a situação pode ser outra.
A seleção moderna para a produção em grande escala, apresenta animais com desenvolvimento muscular desproporcional com rendimento de carcaça mais avantajada,com mais carne.
Porém esta seleção não proporcionou ao coelho uma maior capacidade respiratória, um dos principais mecanismos dos coelhos na proteção contra o calor excessivo para eles.
Em geral, a partir dos 25º C, constatamos um aumento na temperatura corporal dos coelhos, com a diminuição do apetite com consequências no rendimento produtivo e reprodutivo.
A partir dos 35ºC, o coelho é incapaz de combater o calor produzindo mortes pelo chamado "golpe de calor".

Nas coelhas as altas temperaturas: diminuem a ingestão dos alimentos, apresentam dificuldade em aceitar o macho, aumentam a mortalidade embrionária e contribui para ninhadas menores, diminui a produção de leite, afeta a viabilidade de desmame e influencia com um peso menor na desmama.

Nos machos os efeitos das altas temperaturas ocasionam: diminuição da quantidade e da qualidade do esperma, diminuição da libido.

No animais de engorda observamos: menor peso na desmama e aumento da mortalidade neste período, diminuição da velocidade de crescimento, aumento do tempo de engorda, diminui o rendimento do coelho em termos de produção de carne.