quinta-feira, 26 de outubro de 2017

PODODERMATITE - COELHOS



As doenças de pele dos coelhos podem provocar graves problemas no equilíbrio físico do animal.
A pododermatite é uma patologia que afeta a superfície inferior das extremidades (pés/patas).
Tem início geralmente com lesões isquêmicas de compressão ou como consequência da fricção da superfície plantar (pés) sobre o piso da gaiola.
Produz enrijecimento dos pelos de cobertura dos pés (os coelhos não possuem "almofadas" e estão protegidos apenas por pelos), com evidente eritema, seguido pelo aparecimento de úlceras mais ou menos profundas; com sangramento e aparecimento de crostras.
Nos fatores que favorecem o aparecimento da pododermatite, encontramos:
- a hereditariedade;
- o fundo da gaiola que muitas vezes de material inadequado, com tendência a corrosão causa lesões;
- os animais criados em pequenos espaços e com número elevado de coelhos na gaiola que impedidos de exercitarem-se, apresentam como fluxo sanguineo agregado a uma engorda, provocam a morte dos folículos de pelos; deixando a pele desprotegida para lesões.
- falta de higiene, por vezes os animais são submetidos e criados no acúmulo de fezes e urina que provocam inflamações nos pés e patas, agravando-se com ulcerações.
O tratamento deve ser prevenção a todos os ítens elencados, como número adequado de animais por gaiola, limpeza e desinfecção das mesmas com os pisos adequados.
Quando constatada a doença por hereditariedade devemos eliminar da criação os animais portadores do gene.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

RELAÇÃO TEMPERATURA X TAMANHO E PESO DA NINHADA AO NASCER


O tamanho da ninhada e seu peso ao nascer podem sinalizar situações de estresse térmico que afeta  a viabilidade do nascimento com vida dos filhotes e influencia diretamente sobre o desenvolvimento futuro dos coelhinhos.

Altas temperaturas: o tamanho da ninhada (quantidade de nascidos vivos) é influenciado pela temperatura, evidenciando-se no ambiente quando ela aumenta; por uma diminuição que pode ser significativa tecnicamente na média de partos.
Pode ainda, influir na diminuição do peso ao nascer o que compromete a viabilidade de vida dos láparos nascidos vivos.
Isso se deve a situações de conflitos de incidência da temperatura geradas sobre a coelha.
Ao aumentar a temperatura, a ingestão de ração diminui sobretudo no último terço da gestação, criando-se um balanço negativo energético sobre a coelha quando a exigência é maior dos embriões no útero materno.
Esta crise energética desemboca em uma diminuição da energia disponível para os futuros filhotes que tem que nascer e portanto se desenvolvem menos e nascem com um peso inferior do que o necessário para obter uma viabilidade de sobrevivência, podendo ocorrer um aumento de filhotes nascidos mortos e um aumento de baixas nos primeiros dias. 
Os mecanismos desencadeantes do parto atuam de forma pouco eficiente e descoordenadas.
Traduzindo-se em um aumento dos problemas do parto relacionados diretamente com o estres térmico; partos fora do ninho, partos demorados e com pouca quantidade de láparos nascidos vivos, láparos que obstruem o canal do parto, torções  uterinas, mortalidade das coelhas.

Baixas Temperaturas: lado oposto, quando as temperaturas são as inferiores das ótimas, indicam alimentação superior as normais e ocasionando animais obesos.
No momento do parto estes animais apresentam problemas pela falta de cálcio, que ocasionam obstruções no canal do parto e torções uterinas.
Poucos dias após o parto, se observa reprodutoras cujo parto não foi fácil, abandonar o ninho,estando apáticas comprometendo a viabilidade de vida e desenvolvimento dos filhotes.
Se o parto for confortável, a porcentagem de problemas ocorridos após, com os láparos, pode ser inferior a 3%, porém em situações de estresse térmico podemos chegar a até 10% facilmente com prejuízo econômico a curto prazo pela falta de filhotes nascidos e a médio prazo pela necessidade de renovação de plantel.


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

COELHA NÃO ACEITA O MACHO





No que diz respeito  a aceitação do coelho macho pela  coelha, podemos  dizer que é um problema bastante comum. Temos que ir descartando as possibilidades.
Primeiro, estar seguro que a coelha esteja realmente no cio (fica quieta quando tocamos o seu dorso,etc), porém basicamente devemos observar se a vulva está bem avermelhada,caso contrário não aceitará o macho.
Outro problema pode ser a idade e o libido do coelho. Tente com outro macho, se o primeiro não fecundá-la; observe seu coelho podendo o problema ser a idade ou seu libido (muitas vezes é falta de minerais, principalmente fósforo na ração).
Adicione sal (cuidado com a quantidade) na alimentação e tente novamente depois de um mês.
Outra solução é o uso de hormônios, que pode ser utilizado, principalmente quando criamos um programa para o sincronismo de partos na criação; porém este método poder ser caro, sendo economicamente viável em uma criação de no mínimo 50 coelhas.
Outra forma de constatarmos o cio e a provável aceitação do macho pela coelha é quando  tocamos seu dorso ela demonstra uma posição para a monta.
Normalmente quando nos aproximamos para tocar  na coelha e ela emite grunhidos é porque está no momento adequado para ser coberta.
Quando uma coelha não aceita o macho, pode colocar o coelho em perigo  pois pode agredi-lo e machucá-lo podendo até torná-lo inútil para a criação.
Devemos também, levar em conta o uso de gaiola redonda especial para a prática do acasalamento, que impede de a fêmea se encostar no canto da gaiola, dificultando a monta.
Quando notarmos que o macho insiste em cobrir a coelha descartamos ser um problema do coelho, pois existem machos que desistem facilmente da cobertura e geralmente não são bons reprodutores.
Ficar longe da gaiola onde estão os coelhos em acasalamento,sem perdê-los de vista pode ajudar em alguns casos.
Recomenda-se que se tenha na criação mais de um macho, para que possa garantir uma boa cobertura na tentativa de procriação.
O uso de 16 horas de luz, principalmente no outono e inverno, ajuda para que as coelhas entrem no cio.
Outra coisa importante é o peso dos coelhos, não deve lhes faltar comida, porém devemos cuidar para que não haja sobrepeso,o que também pode influenciar na monta, tanto no que diz respeito aos machos como para as fêmeas.

terça-feira, 13 de junho de 2017

COELHO - LONGEVIDADE



Em seu habitat natural os coelhos vivem entre 3 e 4 anos, porém em cativeiro podem alcançar de 6 a 8 anos de idade, quando criados em ambiente adequado,com alimentação balanceada e todos os cuidados necessários (higiene,medicação,etc.).
As fases da vida dos coelhos podem ser divididas em:
- Crescimento: é aquela desde que o coelho nasce até os 90 dias para as fêmeas e até 105 dias para os machos; variando, podendo aumentar os dias segundo a raça, tamanho dos animais, genética, alimentação, sanidade, etc.
Como máximo podemos situá-lo entre 20 semanas para as coelhas e 24 semanas para os machos.
- Maturidade: desde a puberdade até o momento em que o macho é capaz de fecundar a fêmea e a mesma conceber.
Este é o período mais longo da vida dos coelhos. Uma fêmea pode ter condições de parir até os 6 anos (com redução do nº de filhotes por ninhada após 2 anos) e um macho pode apresentar libido e poder fecundante até o 8 anos.
- Velhice: Ultima fase da vida dos coelhos, na qual a reprodução não é possível, observa-se a diminuição dos movimentos, pelo sem brilho, dificuldade de visão, aparecimento de tumores, dentes arqueados e com tons escuros.
Os coelhos de maior porte podem ter uma vida mais prolongada do que as raças de porte menor.
Em uma criação comercial os machos tem que ter uma reposição anual de 40%, o que significa uma vida produtiva de 2 anos, a média de longevidade é de 3 anos.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

DESENVOLVIMENTO DOS FILHOTES




Vários fatores influem no desenvolvimento dos filhotes, encontramos grandes diferenças no tamanho do corpo das variadas raças de coelhos. A composição genética específica das raças não são somente determinantes na capacidade de crescimento alcançada dos animais adultos, mas também na intensidade do crescimento, a qual pode ser registrada pelo ganho de peso diário na fase de crescimento. 
Também o estado sanitário da criação correspondente, em especial e sobretudo individualmente, tem uma importância decisiva para o êxito do engorde. Juntando-se a isto destacamos a administração correta de nutrientes, posto que o desenvolvimento corporal só pode ser corretamente formado quando estão disponíveis nutrientes suficientes para que a energia seja metabolizada pelo organismo.
Nas primeiras fases do desenvolvimento de um coelho compete somente a mãe a tarefa de alimentá-lo, o que acontece através do transporte de nutrientes através do sangue materno. Antes do nascimento se canalizam os nutrientes através da placenta diretamente do sangue aos embriões e fetos. 
Depois do parto se inicia a produção de leite da coelha e se transmitem os nutrientes com o leite ingerido no trato digestivo dos láparos. Nos primeiros 21 dias de idade os filhotes se alimentam exclusivamente com leite materno, de tal maneira que o peso corporal dos láparos de uma ninhada aos 21 dias de idade reflete a capacidade leiteira da coelha, que influi diretamente em um maior ou menor desenvolvimento.
Observamos que um bom desenvolvimento desejado para os filhotes inicia antes do nascimento, através de um ato de monta exitoso de uma coelha, e que ocorra uma ovulação com óvulos maduros, pois nem todos os óvulos, ovulados de uma prenhez amadurecem para produzir filhotes nascidos e que venham a se desenvolver satisfatoriamente.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

COELHO ANÃO



A superfície mínima para a gaiola de um coelho anão é de 0,3 m².
Devemos retirar e deixar o coelho solto o máximo de tempo possível, vigiando sempre o que ele possa comer que não faça parte de sua alimentação, além de do que ele venha a morder, objetos como móveis de madeira, cabos elétricos, roupas, etc.
Se por acaso o animal não possa fazer exercícios fora da gaiola, as dimensões da mesma deve ser aumentada.
Esta deve ser colocada em um lugar da casa que seja bem arejado,e não tenha correntes de ar.
Os coelhos resistem bem ao frio, porém são sensíveis ao calor exagerado, devido a isso devemos evitar colocá-los em locais quentes com exposição ao sol, evitando-se possíveis "golpes de calor".
Como "cama" nas gaiolas podemos colocar preparados comerciais absorventes, ou simplesmente um forro de palha; não devemos usar maravalha de madeira porque produz irritações nos olhos e  complicações respiratórias.
A "cama" deve ser trocada com frequencia de maneira que se mantenha sempre limpa e seca.
Podemos deixar em uma parte da gaiola, uma bandeja, para que os coelhos façam suas necessidades,após escolher o local eles utilizam sempre o mesmo; tornando-se mais fácil e prático manter a higiene.
Devemos manter sempre limpos os comedouros e bebedouros.



quinta-feira, 9 de março de 2017

COELHOS - SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO



Existem duas formas de alimentarmos os coelhos: consumo livre e consumo limitado, ambos apresentam vantagens e desvantagens.
Com o uso do método livre baixamos os custos com mão de obra e permitimos aos coelhos ajustar a alimentação a suas necessidades.
Ainda esta forma de alimentação permite um desenvolvimento máximo, evitando também a aglomeração espontânea uma vez que os coelhos tem tempo suficiente para alimentarem-se. 
Por outro lado, a vantagem do consumo limitado é que permite ao criador uma observação mais cuidadosa de cada gaiola e dos animais com relação ao que ingerem.
Ainda, no que se refere a uma alimentação controlada - limitada - ela reduz os problemas de enterotoxemia, assim um alimento que contenha um proporção adequada de fibra (15%) não deve causar problemas digestivos.
Existem várias opções de alimentos para os coelhos, dentre eles podemos destacar: os alimentos comerciais, rações balanceadas de fábrica; "pelets" que facilitam o manejo do alimento, diminuindo o desperdício, melhorando o aproveitamento pelos animais e mesmo a sua conservação. Representa um custo maior em relação a outros tipos de alimentos.
Quando desejarmos reduzir os custos de alimentação devemos buscar outras alternativas que se ajustem as possibilidades e objetivos da criação.
Para tal podemos proceder da seguinte maneira - conseguir restos de mercado, feiras, frutas e verduras descartadas; estes alimentos devem ser dados aos coelhos, somente quando possuírem condições de higiene e conservação.
Porém não são recomendáveis para grandes criações, as quais sugere-se que compre a matéria prima e produza a ração na propriedade; pode também ser produzido no criatório combinando-se algum alimento industrializado com outros de custo reduzido.
Indicando-se algum tipo de forragem a qual é muito importante para o aparelho digestivo dos coelhos que não funciona contraindo os alimentos,mas sim "empurrando-os". É devido a isso que os coelhos comem durante todo o dia em pequenas quantidades, que ao ser "empurrada" vai sendo digerida.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

DETERMINAR A IDADE DOS COELHOS - Lion Head





Conhecer a idade de nossos coelhos, principalmente quando se adquire um, é fator preponderante para que possamos tomar os cuidados necessários ao seu desenvolvimento e bem estar.

Determinar a idade de um coelho não é tarefa fácil mesmo para criadores experientes ou por veterinários.
Porém existem formas que nos auxiliam a estimar a idade aproximada do coelho, em especial quando for para animal de estimação "pet" e da raça "lion" uma das mais criadas e vendidas para essa finalidade.
Os "lions", nos dão pistas de sua idade através de seu desenvolvimento e pelagem.
Devemos examinar o animal em busca de sinais da idade física, observando:

* Com duas semanas de vida as orelhas serão mais móveis e não ficarão "deitadas" contra a cabeça e a pelagem também será mais grossa e esponjosa;

* Com três semanas o coelho começará a caminhar e a procurar comida sólida;

* Ao atingir um mês de idade os coelhos são extremamente ativos e mordem qualquer coisa que estiver ao seu alcance;

* Observe se o coelho tem pelo extra ou lã, os coelhos "lion" tem excesso de pelagem em seus corpos, em especial ao redor dos quartos traseiros. O pelo extra mudará ao redor dos quatro meses. Se o coelho ainda tiver pelagem densa - lã - é provável que tenha menos de quatro meses, se porém, não há tiver mais provavelmente terá  quatro meses ou mais.
Os coelhos lion são jovens aos quatro meses e aos seis são considerados adultos, é nesse momento que seus órgãos sexuais se tornam mais visíveis.

* Os dentes e as unhas também são indicadores de idade dos coelhos; os jovens geralmente tem os dentes brancos e pequenos, diferente dos mais velhos que tem dentes amarelos ou marron;
As unhas também podem ser úteis para indicar se o animal é jovem ou velho, os coelhos novos tem as unhas mais macias enquanto os mais velhos elas são endurecidas. 


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ASPECTOS DA DESMAMA




A desmama consiste em separar os filhotes da coelha, marcando o início da alimentação exclusivamente sólida.
No aspecto prático a desmama bem realizada é muito importante para obtermos coelhos de qualidade e em bom número (diminui a mortandade).
Na prática um desmame bem realizado é muito importante para obtermos filhotes de qualidade e com poucas perdas.
Existe dois métodos.
O mais frequente consistem em separar os filhotes da mãe, transferindo para a gaiola de recria ou de engorda, onde ficam em grupos.
Outra alternativa é a de retirar a coelha da gaiola deixando os filhotes. 
Este método diminui o estress pós desmama, porém requer gaiolas adaptadas para tal e um plano de cobrições que permita deixar os filhotes nas gaiolas/maternidade.
Em qualquer destas modalidades,a desmama se realiza separando de uma só vez e definitivamente os filhotes da mãe.
A transferência da gaiola maternidade para a de engorda implica em uma ligeira diminuição do crescimento dos filhotes.
A escolha do momento da desmama depende basicamente do ritmo de reprodução da coelha, pois determina se a lactância poderá se prolongar mais ou menos; uma vez que a coelha coberta novamente deverá interromper a lactação para uma nova gestação.
Na prática observamos três métodos:

a) Tradicional ou tardio - a desmama se faz com mais de 35 dias de idade, quando as coelhas são submetidas ao ritmo de reprodução extensiva ( são cobertas 21-25 dias após o parto ou após a desmama).

b)  Semiprecoce - se realiza entreos 28 e 35 dias, quando as coelhas são submetidas a um ritmo semiitensivo (cobrição 10 - 12 dias após o parto). É o sistema utilizado na exploração industrial para coelhos de corte.

c) Precoce - é realizado entre os 21 e 28 dias de idade, quando o ritmo de reprodução é intensivo ( cobrição entre o dia do parto e 4 dias depois do pósparto.

Se a desmama for feita antes dos 28 dias dias os filhotes devem pesar mais de 350 gr.
A idade da desmama está relacionada com o ritmo de reprodução, respeitando sempre um período de 3 a 7 dias antes do parto seguinte, quando a coelha estiver gestando uma nova ninhada.
Em criações intensivas é conveniente retardar a desmama em mais de seis semanas.
Em geral em gaiolas de engorda a densidade pode ser de 16 a 18 coelhos por metro quadrado, densidades superiores prejudicam o crescimento. O mais indicado é alojar de 6 a 8 coelhos por gaiola.
As gaiolas de recria ou engorda devem ser sempre limpas e desinfetadas a fim de receber os coelhos.
No ato da desmama devemos aproveitar para eliminar os filhotes doentes, débeis com pouco desenvolvimento que podem não apresentar bom rendimento no período de engorda.
Devemos sempre manter as ninhadas de irmãos juntas na mesma gaiola, quando não for possível por ser muito numerosa devemos dividir em duas gaiolas de engorda. Assim, os animais apresentam menos e stress.
No caso de necessidade de misturar filhotes de idades diferentes é necessário que todos os coelhos entrem na gaiola na mesma hora, pois rapidamente estabelecem relações hierárquicas, e toda nova introdução pode ser uma fonte de conflito.